
O bom de manter um blog é alimentar essa vontade de escrever sobre tudo. Tudo parece um tema interessante a ser desenvolvido.
Hoje estava pensando nos livros pendentes que tenho para ler. No total são seis, todos começados e não terminados. Isso dá uma angústia do caramba, mas aprender a lidar com a desorganização pessoal é outro desafio a ser vencido além dos livros que comecei, mas não terminei de ler. É que alguns desses livros foram trocados por outros...
É o seguinte, este ano eu me propus a conhecer Clarice Lispector. Todo o interesse surgiu de longas conversas sobre a entrevista que ela concedeu a TV cultura pouco antes de falecer. E foi esse despertar que me levou a ler “Laços de família”, livro de contos, primeiro livro que li apesar de ter sido “A paixão segundo GH” a primeira obra que conheci e folheei. Esse livro na verdade eu não escolhi ler, eu o ganhei da minha mãe que já sabia do meu interesse pela obra de Clarice. E essa é uma dica: começar lendo seus contos é um bom modo de iniciar. A leitura clariciana é um pouco complexa, não por excesso de “intelectualização” de seu conteúdo (Clarice já foi chamada de bruxa, ela lia Kafka e Sartre, o que justifica um pouco dessa complexidade), mas porque não estamos acostumados a sentir ao invés de ler. E ler Clarice é mais sentir que ler. É se entregar. Mas ainda é muito cedo para tentar construir algumas conclusões, estou ainda lendo o quarto livro (Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres).
Claro que se alguém for começar pelos contos jamais poderá escolher “O ovo e a galinha” que a própria Clarice diz não entender, apesar de ter sido eleito como seu preferido. Eu mesma comecei a ler e desisti. Ainda não chegou o momento dele.
Essas poucas palavras sobre Clarice são só para fazer despertar um mínimo de curiosidade para quem deseja adentrar em uma leitura no mínimo muito interessante e também para justificar tantas referências a ela aqui no meu blog: identificação.
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