sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sétimo dia




Volta naqueles dias em que o pintor
Mostrou-lhe a vida e disse que ele era livre
Cada pedaço de chão que passou
Diz que nunca soube nem saberá colher flores
Não pode, não consegue conter sua cólera
A dor sobressalta de seus pulsos
Como jogar fora ?
Brinca com as profecias que cuida de criar
Seus frutos estão com as sementes podres
E já não servem mais...
E a ele lembrará de como éramos inocentes
em acreditar que o amor pode salvar
E a ele pedirá para falar e maldizer nossas leis
Para confortar
Mas isso não vai acontecer
Só quer se privar de vê-lo ao longe
Mas ele nunca esteve aqui

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