sexta-feira, 18 de julho de 2008

gafanhotos

A malícia dos tempos tem o peso de nossos ares

Nossos dons pervertidos...

se esvaem num vale de dor

Findam em piedade de si em si mesmo

É o imperfeito direito custoso dos dias

Temperança demais

A trepidez ecoa nas mãos: gafanhotos

O mal também tem suas leis

Pensamento 2

Faz parte de hoje
Essa realidade de coisas vãs
A insensibilidade de metas cruéis
Que se desfazem diante dos fatos
É uma história sem narrador
Nem personagem
Só há um espectador: eu, de mim mesmo
Da minha brutalidade mórbida
Do meu eu finito, limitado pela minha imaginação
Que apesar de percorrer caminhos diversos
Me leva a uma só saída