
A entrevista do Roberto Justus ontem no programa da Marília Gabriela suscitou algumas reflexões. Relatou o bem sucedido empresário e apresentador sobre conservadorismos da sociedade, como por exemplo, em querer eternizar relações ou manter mentirinhas, que para Cazuza seriam sinceras, e também sobre alguma inflexibilidade nas suas relações em razão da idade.
Já vi alguns comentários a respeito das possíveis polêmicas falas de Justus, afirmando ser “muito fácil manter um relacionamento quando somente uma pessoa tem que ceder”, pois o apresentador disse que sua esposa amoldou-se a muitos de seus hábitos e modo de vida.
Em tantos minutos de entrevista, certamente não foi aquela fala de Justus a mais interessante e admirável de todas, mas me pergunto por que há certo prazer em exaltar o lado ruim das coisas? Caramba, o homem é uma das pessoas mais bem sucedidas no Brasil, e não é só uma questão financeira, tem tantos ricos por aí caindo de tanta depressão e de vícios. Não é o caso dele, porém, que é uma pessoa transparentemente bem resolvida. É de tirar o chapéu: faz o que gosta, faz bem o que faz, ganha bem por isso, é amante da verdade, e ainda consegue estimular os outros a desenvolver o próprio potencial.
Há um tempo venho pensando numa forma empreendedorista de encarar meus projetos pessoais. Como se minha vida fosse uma empresa. Não para atender às exigências do capital, mas para me enxergar como uma pessoa que precisa se superar todos os dias. Não por causa da concorrência, e sim para usufruir de uma condição de liberdade cada vez maior. Nada mais estimulante do que ter como foco superar dificuldades e obstáculos, e ainda mais quando essas intempéries são de índole moral, emocional e intelectual.
Depois de ver a entrevista, fui dormir, mas com vontade de fazer um milhão de coisas, super estimulada com a fala de alguém que com sua experiência consegue alcançar marcas de nossa subjetividade, mas só daqueles que realmente querem mudar. E fiz muitas coisas, só que em sonho, onde a liberdade além de real é romântica.
Da juventude, eu só quero guardar os sonhos e o desejo de transformação. Da vida adulta, eu quero os conselhos dos mais velhos. Na velhice, talvez queira descansar os neurônios e contar minhas histórias. Mas, hoje, especialmente, hoje, quero dizer que sou livre!!!!!!!!!!!!!!!!
Aos que reclamam além da conta, aos que só enxergam o lado negativo, aos que vivem de mau humor, aos que se comprazem em aprisionar os outros ou não conseguem viver de forma diferente, fazer uma atividade física pode ser um bom começo para essa mudança. Liberte-se.